Maria Bessa fundou com António Rodrigues a Academia e a Companhia de Dança Contemporânea. Teve a seu cargo a orientação dos alunos em improvisação e alinhamento estrutural e foi um dos professores de Técnica de Dança Clássica, na ADC, entre 1982 e 2002.
Iniciou os seus estudos de Ballet no C.I.C. de Margarida de Abreu, em Lisboa, e continuou a sua aprendizagem em Londres nas Escolas Rambert e do Royal Ballet e ainda com A. Northcote, A. Hardie e J. Denise. Desenvolveu a maior parte da sua carreira como bailarina do Ballet Gulbenkian sob a direcção de Walter Gore e M. Sparemblek.
Estudou Coreologia com Rudolph e Joan Benesh e foi professora assistente de J. Benesh em White Lodge. Em 1976/1977, no Laban Center for Dance Research (New York) estudou a Teoria Laban, nomeadamente Effort-Shape, Movement and Perception, Space in Movement, Fundamentals of Body Movement e ainda Anatomia e Cinesiologia. Durante esses dois anos, estudou intensamente a obra da Drª Schweigard com Irene Dowd e seguiu os Cursos de Zenna Rommet.
Fundou a disciplina de Coreologia na Escola de Dança do Conservatório Nacional, onde ensinou de 1972 a 1986.
Em 1990 foi-lhe atribuída a medalha da cidade de Beauvais, França, por mérito cultural; em 1992 foi homenageada pela Câmara Municipal de Setúbal por Mérito Cultural; em 1999 foi-lhe concedida, por Sua Excelência o Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, o grau de Comendador do Mérito e em 2002 recebeu o Troféu Costa Azul por Serviço Público no domínio da cultura, atribuído pela Região de Turismo de Setúbal em nome dos seus 13 municípios.
António Rodrigues
Fundou com Maria Bessa a Academia e a Companhia de Dança Contemporânea. Responsável por todos os cursos e linha de orientação em dança moderna, António Rodrigues desenvolveu a sua carreira como bailarino no G.B. Verde Gaio (direcção de Fernando Lima e Margarida de Abreu) e no Ballet Gulbenkian sob a direcção artística de Walter Gore e M. Sparemblek, tendo desempenhado vários papéis como solista. Posteriormente, estudou durante dois anos na Escola Martha Graham (New York) e T’ai Chi Chuan com Don Ahn. Como coreógrafo, apresentou alguns trabalhos no Atelier Coreográfico da Fundação Gulbenkian, no G.B. Verde Gaio, no Grupo de Dança Contemporânea, que fundou, na Companhia Nacional de Bailado e em várias Companhias de Teatro.
De entre as muitas coreografias que tem vindo a dedicar à ADC, estão incluídas no actual reportório, entre outras, Lorpa (música de César Viana) e Missa Crioula (coreografia em co-autoria, música de A. Ramirez). Para a CeDeCe, coreografou o bailado Na Melodia dos Madredeus (O Menino, Matinal e Cantiga do Campo), T’ai Chi Modern Dance (nova versão) e coordenou e coreografou Dançar Zeca Afonso (encomenda Lisboa 94) e O Autor (encomenda SPA). No 1º Programa/96 estreou o bailado O Homem e as suas Sombras (música tradicional japonesa). Em Setembro de 96 foi-lhe atribuída a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal por Mérito Cultural. Estreou, no 1º Programa/97 Happening com música ao vivo de Patrick Brennan. Em Julho de 97 criou 6 Personagens à Procura de Si Próprias (colagem sobre música de Henryk Gorechi), uma encomenda Cendrev/Utopia.
Numa co-produção ACARTE/CeDeCe é autor do bailado A Sibila baseado num romance de Agustina Bessa-Luís, em ante-estreia no ACARTE em 16 de Dezembro de 98 e com estreia absoluta no 3º Programa da Temporada 98 em Setúbal. Em 2001, é o principal criador de No Tempo… em que os Animais Falavam!. Para além da concepção é também o autor das várias máscaras utilizadas pelos bailarinos, neste programa especialmente concebido para crianças. Em 2002, coreografa Lenda de Hiram para esta Companhia.